Maria

A peça está centrada na figura de uma adolescente de 14 anos. Uma rapariga que procura criar a sua identidade através da descoberta do mundo e de si própria dentro do seu corpo em mutação. Rapariga com uma forte relação tecnológica com todo o meio que a envolve.

Maria – O meu dia de anos fez-me pensar em como abrirei um caminho entre duas pessoas que não se podem ver.

Eu estou aqui. A Maria está na Palestina, está aqui. (aponta num mapa) Como é que vou fazer com que nos encontremos? Existem vários muros pelo meio. Vários tanques. Várias guerras. Várias pessoas.

(Vai chamando pessoas para a ajudar) Podias me ajudar?

Este muro (vai construindo) é alto. Vai-se chamar muro do vento. É forte. Parece indestrutível. Está guardado por guardas. Ninguém pode passar. De vez em quando passa um helicóptero a sobrevoar o espaço (pode dar uma volta pelo espaço).

As pessoas essas cada vez se reúnem mais a volta do muro. Constroem bandeiras brancas. Gritam palavras de ordem. Querem uma mudança. Ninguém quer estar preso. Por isso começam a mexer o corpo. A dançar.

Chega uma mulher gigante vinda de Saturno e começa a avançar sobre o muro. As pessoas fogem. Gritam – Ela é a Maria de Saturno.

Quando abrem os olhos já não há muro. As pessoas estão paralisadas. Começam a levantarem-se e a dançar fazendo honras à mulher vinda de Saturno que as foi salvar.

Reflectimos sobre a adolescência. Reflexões acerca do crescimento em consonância com as relações entre os jovens e a sua observação do mundo. Questionar o fascínio e a nossa forte dependência com a tecnologia neste espetáculo que apela à interação e participação dos estudantes. A arte como forma de expressarmos, como forma de nos reconhecermos no mundo.

Direção: Miguel Moreira Direção de ensaios: Sara de Castro

Interpretação (Vários Casts): Sandra Rosado/Joana Bergano/Catarina

Félix/Beatriz Godinho

Vídeo, tecnologia e Criação de objecto cenográfico: Hélder Cardoso

Música: Rui Bentes

Apoio aos ensaios: Rui Horta

Grafismo: Sofia Pimentão

https://www.youtube.com/watch?v=8f2Aq1vr5Qc&t=60s

https://www.youtube.com/watch?v=8f2Aq1vr5Qc&t=60s

 

Additional information

01
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HERALD

Where our words lay to rest and from time to time, when time presents, a little bit more.

02
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CREATORS

Our branches, stretched beyond tearing, made to build bridges.
To deliver method and process.

03
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Utero

Process, form and shape.
We, only as words, never neglecting our existence nor essence, display our hands in past and present shapes.